quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A fábula da amizade

   John, um cara jovem, lá para os seus 22 anos. Agora morava sozinho, sempre quis que assim fosse.
Tudo na vida tem o seu porém, e o dele era saber que nunca se pode ser feliz sozinho.Como John já se acostumara a não praticar os conselhos de sua mãe, após concluir que muitas vezes seus conselhos eram mais proteção do que liberdade, ele não queria nenhum tipo de compromisso matrimonial, ou algo parecido com isso no momento.Solução? Ter um animal de estimação.
   Sai John pelas ruas da cidade à procura da felicidade, ou melhor, de seu parceiro de felicidade. Em uma loja de animais, ele encontra um gato pacato, que tranquilo na dele, lança um olhar de afeto e carência para John. Mas também encontra um cachorro bonito, esperto, forte e cheiroso, que nem lhe dá muita atenção.
John chama o vendedor e pergunta:
   - Cara, em sua opinião, qual é o melhor animal para eu comprar, o gato ou o cachorro?
   -Depende do que você precisa - responde o vendedor.
   - Eu preciso de alguém pra me fazer companhia.
   -Meu amigo, o cachorro vai dormir com você, vai latir pra te proteger, vai pular em você quando você chegar em casa do trabalho, vai morder qualquer marginal que tentar invadir sua casa, vai fazer você rir o dia inteiro de suas peraltagens e vai entreter seus visitantes.
   - Mas esse gato?
   - o gato, no máximo, vai ficar tranquilão na dele passeando pela casa e te fazer companhia.
   -Pois é, você está certo, quero o cachorro, afinal, ele é mais útil e tem muito a ver com o que eu preciso. Além do mais, é apenas um animal, quando não mais fizer minhas vontades eu me desfaço dele.
   Uma semana se passou e lá estava o belo cão que, nesta altura, já tinha sua graça conhecida como Félix.
Casa suja, visitantes sendo "bem recebidos" com suas dolorosas mordidas, sofá rasgado, e seu sumiço repentino pelo quintal quando mais se precisava de sua companhia. Até que resolvera sumir de vez pelas ruas da cidade, sem nenhuma consideração pelo "dono de sua alma"(Se é que tinha alguma alma).
   Nessa estória, podemos ver que realmente o cão Félix era o "melhor amigo do homem",pois muitas vezes o mesmo homem se esquece das verdadeiras razões de apego, afeto e consideração. E faz uso das mesmas, para satisfazer seu próprio ego e vontade. Se esquece, que na vida, nem tudo é objeto e que muitas vezes é preciso ser feito de objeto para se entender o verdadeiro valor de uma amizade.
   A amizade não tem muito a ver com o útil e na maioria das vezes, os melhores momentos de uma amizade são objetivamente inúteis para quem assiste. A piada, o riso, a insanidade.
  Nos dias de hoje, a verdadeira amizade é coisa rara e não confunda com "cara", pelo amor de Deus...

Musikinha p vcs...
http://www.youtube.com/watch?v=kiyvRs7JEAU

O que dizer de tamanha dor.

Ela é vista em vários lugares, diferentes culturas e em diferentes tempos.
Seja fraco, seja forte, belo, feio, famoso, desconhecido, rico ou pobre...todos conhecem ou conhecerão a dor em seus vários sentidos.
A dor traz consigo um repertório cultural de algo ruim, mas na realidade , não é de tudo ruim.
Existe a dor da perda, mas também a dor do parto, o que geralmente simboliza algo de bom em nossa sociedade.
A dor machuca, traumatiza.
A dor dá prazer e faz lembrar.
Também tem a dor de se machucar fazendo o que se gosta, dor no lazer, no futebol, na ginástica.
A dor traz a morte, mas também traz a vida.
Existe o medo da dor, mas também tem a dor do medo.
Existe a dor do arrependimento de ter feito algo que não se queria, mas existe uma dor maior ainda de não ter feito o que se pretendia.
Dói a mesmice, não ter nada p'ra fazer.
Dói mais ainda trabalhar demais.
Dor do doente, dor de doente, dor de dente.
Dor no joelho, no tornozelo.
Dor de barriga, dor sentida, dor fingida.
Dor de uma canção, dor pra chamar atenção.
Essa é a dor.
A dor que nos faz mais uma vez saber que estamos vivos.
Que traz a angústia e muitas vezes esperança.
A dor em si não machuca tanto.O que nos mostra se ela faz bem ou mal é sua proveniência e também sua conveniência.
Que o diga os "bons amantes" da dor.